Em Anápolis, a sala de aula do Cepi Dr. Mauá Cavalcante Sávio se tornou um verdadeiro laboratório de inovação. Três estudantes do curso técnico em marketing do programa Profissionaliza Goiás desenvolveram o Sentipulso, um smartwatch pensado para ajudar colegas neurodivergentes a identificar e regular suas emoções durante o dia escolar.
O projeto surgiu da observação de uma necessidade real no cotidiano da escola. Ana Gabrielly Pereira, Pedro Augusto Yoshihara e Anna Beatriz Souza combinaram criatividade e tecnologia para criar um dispositivo que emite alertas visuais e vibrações ao detectar alterações emocionais.
O protótipo também se destaca pela sustentabilidade: utiliza placas solares de calculadoras antigas, sucata eletrônica e componentes de fácil acesso, como o Arduino Uno, mostrando que é possível inovar sem grandes investimentos.
O Sentipulso já rendeu reconhecimento. O projeto conquistou o primeiro lugar na categoria Referência, área de Engenharias, da 9ª Mostra de Ciência, Inovação, Tecnologia, Empreendedorismo e Cultura (Moscitec), em Porto Alegre. Além disso, os estudantes receberam convite para uma feira internacional e foram finalistas do Desafio Learning Sectors, ficando entre os nove melhores projetos.
Emocionada com o resultado, a professora Késia Cruz destacou a força do aprendizado dos alunos. “Eles não só criaram tecnologia; aprenderam a enxergar o outro, a praticar empatia e transformar desafios em oportunidades reais. O protagonismo desse projeto é 100% deles.”
Ao refletir sobre o impacto do Sentipulso, Ana Gabrielly Pereira reforçou a dimensão humana do projeto. “O Sentipulso vai muito além de um dispositivo: é sobre construir uma escola mais acolhedora, onde cada estudante se sente compreendido e apoiado, de verdade.”
O sucesso do Sentipulso é um exemplo de como educação, tecnologia e consciência social podem caminhar juntas, abrindo caminho para que novas ideias com impacto real surjam em escolas de todo o Brasil.