O vice-governador Daniel Vilela (MDB) assumiu de vez o protagonismo na corrida pelo Palácio das Esmeraldas e aparece como favorito na disputa pelo governo de Goiás em 2026. Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (22), o emedebista tem 26% das intenções de voto — sete pontos a mais do que em dezembro de 2024, quando marcava 19%.
O crescimento coloca Vilela quatro pontos à frente do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que surge em segundo lugar com 22%. Figura histórica da política goiana, Perillo mantém a tradição de disputar eleições majoritárias há mais de três décadas, mas vê o rival ganhar terreno.
Na sequência aparecem o senador Wilder Morais (PL), com 10%, e a deputada federal Adriana Accorsi (PT), com 8%. Embora em posições mais baixas, ambos ocupam espaços estratégicos no debate: Wilder como representante do bolsonarismo e Adriana como voz da esquerda.
O desempenho de Vilela está diretamente ligado ao peso político de Ronaldo Caiado. O levantamento mostra que 73% dos goianos querem que o atual governador faça o sucessor em 2026. Prestes a deixar o cargo para disputar a Presidência da República, Caiado encerra o mandato com 88% de aprovação — a maior do país entre governadores. Essa força amplia o capital político transferido ao emedebista, que assumirá o governo em abril e entrará na disputa como candidato à reeleição.
Já Perillo, mesmo oscilando apenas um ponto em relação ao último levantamento, segue como o principal contraponto. Seu recall eleitoral mantém viva a polarização em Goiás. A pesquisa, porém, evidencia que a vantagem inicial está do lado governista.
Mais do que o cenário estadual, o resultado projeta reflexos em Brasília. O desempenho de Daniel Vilela como sucessor de Caiado servirá como termômetro da capacidade do atual governador de transferir votos no momento em que busca consolidar seu espaço na corrida presidencial.
De acordo com a Genial/Quaest, foram entrevistados 1.104 eleitores em 52 municípios do estado, no período de 13 a 17 de agosto de 2025. A margem de erro é de três pontos percentuais, e o grau de confiança, de 95%.