Uma pesquisa conduzida pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF) revelou que 75% dos frequentadores dos restaurantes comunitários do DF consideram os serviços prestados como positivos. O estudo, feito mensalmente pela Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (Subsan), ouviu 7.174 usuários no primeiro quadrimestre de 2025.
De acordo com os dados, metade dos entrevistados apontou o atendimento e a qualidade das refeições como “ótimos”. Outros 25% classificaram como “bons”, demonstrando que a maioria dos usuários vê com bons olhos a atuação das unidades. As avaliações “regulares” somaram 13%, e as “ruins”, 12%.
Para a secretária substituta da Sedes, Jackeline Canhedo, o levantamento serve como uma ferramenta essencial para ajustes e melhorias. “Essas avaliações nos ajudam a entender a percepção da população sobre os serviços. Considerando que trabalhamos com grandes volumes — mais de 3,5 mil refeições por dia por unidade — o número de reclamações é bastante baixo”, avalia.
Alimentação digna e acessível
Atualmente, o Distrito Federal conta com 18 restaurantes comunitários em funcionamento. Localizadas em áreas com altos índices de vulnerabilidade social, as unidades oferecem refeições saudáveis a preços simbólicos: R$ 0,50 pelo café da manhã, R$ 1 pelo almoço e mais R$ 0,50 no jantar.
Além da pesquisa presencial, a Sedes também acompanha a qualidade do serviço por meio da Ouvidoria. De janeiro a maio deste ano, foram registradas 405 manifestações relacionadas aos restaurantes — uma média de 77 por mês. Esse número representa menos de 0,1% do total de refeições servidas mensalmente, que chega a 1,4 milhão.
As principais demandas tratam de questões como segurança, acessibilidade, higiene, qualidade dos alimentos e estrutura física das unidades. “Todas as manifestações recebidas são analisadas e tratadas com seriedade para aprimorar o funcionamento dos restaurantes”, afirma Jardesson Calazans, diretor de Gestão de Equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional.
Importância na rotina das famílias
Frequentador assíduo da unidade de Samambaia, o pedreiro Robson dos Santos Rodrigues, de 26 anos, elogia o serviço: “É uma grande ajuda. A comida é gostosa, e o valor cabe no bolso. Consigo almoçar todo dia sem me preocupar com o custo”, comenta.
Já a dona de casa Lindaura Ferreira de Oliveira, de 61 anos, destaca que o restaurante próximo à sua casa facilita toda a dinâmica familiar. “Tomamos café, almoçamos e jantamos aqui. A comida é feita no ponto certo, com tempero leve, ideal pra quem tem problema de saúde. Isso faz uma diferença enorme na nossa vida”, afirma.
Com alto índice de aprovação, preços acessíveis e refeições balanceadas, os restaurantes comunitários do DF seguem cumprindo um papel fundamental na promoção da segurança alimentar e no combate à fome.
Confira o funcionamento do restaurante comunitário na sua região e aproveite os serviços oferecidos.