Um dos pontos mais emblemáticos da capital federal, a Esplanada dos Ministérios passou por uma série de intervenções que já estão fazendo a diferença para quem circula pelo local. Há cerca de quatro meses, foram finalizadas obras importantes como a instalação de um novo trajeto acessível e a recuperação do tradicional calçamento em pedras portuguesas na Praça dos Três Poderes. Ao todo, o Governo do Distrito Federal (GDF) destinou R$ 12,1 milhões para as melhorias.
Os resultados já são percebidos por quem visita a área.
“Ficou tudo muito bonito, adorei. Isso tem muito valor, porque a população precisa de espaços bem conservados. Para quem vem de fora, é gratificante ver tudo arrumado, é algo que a gente quer registrar nas fotos e mostrar para a família”, comentou a aposentada Francisca Luciano Urbano, de 70 anos, que veio de Belo Horizonte (MG) visitar a capital.
Morador do Guará, o pequeno Davi Martins, de 10 anos, costuma passear pela Esplanada com os pais, Leandro e Mônica. Ele aprovou as mudanças no local: “Tá tudo bem arrumado agora, ficou bonito de ver. Quero voltar outras vezes pra passear e fazer mais fotos.”
A nova rota de acessibilidade foi implantada ao longo dos ministérios pela empresa Construtec Construções e Serviços LTDA, com a supervisão da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). O investimento de R$ 11,3 milhões financiou a construção de 40 mil m² de calçadas em concreto polido, 5 mil m² de passagens elevadas, 10 mil m² de placas de concreto e 25 mil m² de gramado. Também foram instalados pisos táteis e direcionais, lixeiras, bicicletários e bancos para garantir mais conforto a quem circula por ali.
“A criação dessas rotas acessíveis é uma maneira de tornar a mobilidade urbana mais inclusiva. Eu costumo chamar isso de engenharia voltada para o cidadão – é pensar no bem-estar das pessoas. Como essa é uma área de grande circulação, promover acessibilidade para todos é algo essencial”, destacou Fernando Leite, presidente da Novacap.
A revitalização da Praça dos Três Poderes também incluiu o restauro das pedras portuguesas, num trabalho realizado em conjunto com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A ação envolveu o reencaixe e substituição de cerca de 6 mil m² de calçamento, com investimento de R$ 900 mil.
Além de agradar os visitantes, as melhorias impactam positivamente os trabalhadores da região. Patrícia Duarte, de 42 anos, que comercializa artesanato na praça há duas décadas, já sente os reflexos. “Isso ajuda bastante, porque quando está tudo bem cuidado, as pessoas se interessam mais em vir. Antes, com a acessibilidade comprometida, era difícil. Agora, com essas mudanças, tem mais movimento e mais gente querendo voltar”, afirmou.
