As intervenções na ligação entre as vias L2 Sul e L2 Norte, na região conhecida como Buraco do Tatuí, deram início a uma nova etapa de recapeamento asfáltico. Desde segunda-feira, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) iniciou a aplicação de aproximadamente seis quilômetros de pavimento novo, como parte de um investimento total de R$ 7 milhões voltado à revitalização desse importante corredor viário da cidade.
Para reduzir os impactos sobre o trânsito e minimizar os transtornos para os moradores, a maior parte das operações está sendo realizada no período noturno. Enquanto a Novacap atua na pavimentação com asfalto, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) realiza, simultaneamente, a execução do pavimento rígido em concreto no interior do Buraco do Tatuí, reforçando o trabalho conjunto para a modernização da infraestrutura.
Entre as inovações aplicadas pela Novacap, destaca-se o uso das ecogrelhas — um sistema de reforço asfáltico composto por uma malha de fibra de vidro que é incorporada abaixo da camada de asfalto. Essa técnica distribui melhor as tensões provocadas pelo tráfego, prevenindo o surgimento de trincas e aumentando significativamente a durabilidade do pavimento.
O trecho que já recebeu a intervenção está localizado entre as quadras 404 e 408, e a próxima fase das obras será mobilizada na entrada da L1, próximo ao acesso que liga o Aeroporto Internacional ao Eixo Monumental — um ponto estratégico para a circulação na capital federal.
Fernando Leite, presidente da Novacap, ressaltou a importância do planejamento e da inovação na execução dos trabalhos: “A introdução das ecogrelhas representa um avanço tecnológico que visa garantir a qualidade e a longevidade da pavimentação. Estamos conduzindo as obras com foco na mobilidade urbana e no conforto dos cidadãos, buscando causar o mínimo de impacto possível.”
O que são ecogrelhas?
As ecogrelhas, também conhecidas como geogrelhas, são materiais geossintéticos formados por uma malha resistente à tração, geralmente de fibra de vidro. Elas são inseridas entre as camadas do pavimento para reforçar a estrutura, contribuindo para a estabilização do solo e a prevenção de fissuras. Essa tecnologia é fundamental para aumentar a vida útil das vias e reduzir a necessidade de reparos frequentes, otimizando os recursos públicos.