O fim de semana foi de alerta vermelho nas ruas do Distrito Federal. Entre os dias 23 e 25 de maio, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), com apoio da Polícia Militar, realizou operações intensas de fiscalização em regiões estratégicas como Ceilândia, Gama, Jardim Botânico, Lago Sul e Mangueiral. O saldo é preocupante: 439 motoristas abordados, 79 flagrados dirigindo após consumir bebida alcoólica e 41 veículos removidos ao depósito.
As blitzes fizeram parte do movimento Maio Amarelo, uma campanha nacional que busca chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito. No entanto, os números registrados mostram que, mesmo com ações educativas e alertas constantes, a imprudência continua sendo uma realidade nas vias do DF.
Além dos casos de alcoolemia, os agentes de trânsito autuaram 23 condutores inabilitados, 11 com a Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais de 30 dias e três conduzindo veículos com o escapamento adulterado. Outras 21 infrações diversas também foram registradas durante as abordagens.
Dirigir sob influência de álcool é uma infração gravíssima prevista no Código de Trânsito Brasileiro. A multa é de R$ 2.934,70, com suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Em caso de reincidência no período de um ano, o valor da multa dobra, passando para R$ 5.869,40, além da possibilidade de responder criminalmente. Se for constatada concentração igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar, o condutor pode ser preso por até três anos, além de ter o direito de dirigir suspenso ou cassado.
As operações mostram que, apesar dos avanços na legislação e da presença das autoridades nas ruas, muitos motoristas ainda insistem em atitudes que colocam a própria vida e a dos outros em risco. O que era para ser um fim de semana de conscientização transformou-se em mais uma demonstração da irresponsabilidade de parte dos condutores.
A segurança no trânsito exige mais do que campanhas e fiscalização: exige responsabilidade, empatia e respeito às leis. Enquanto isso não acontecer, os números continuarão refletindo um comportamento perigoso e inconsequente nas ruas do Distrito Federal.