Desde 2020, o Governo do Distrito Federal (GDF) instalou mais de 26 mil lixeiras em diversas regiões administrativas, como parte de um esforço para manter ruas e áreas públicas mais limpas e organizar o descarte de resíduos. Somente neste ano, 4.929 novas unidades foram colocadas à disposição da população pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
Apesar do avanço na cobertura, a depredação e o uso inadequado desses equipamentos seguem sendo um desafio. Nos últimos cinco anos, cerca de seis mil lixeiras foram destruídas ou furtadas, gerando um prejuízo estimado em R$ 600 mil ao erário.
“Grande parte das lixeiras que colocamos não chega a ficar nas ruas. Muitas são quebradas ou simplesmente levadas, e isso afeta todo o trabalho de limpeza urbana”, afirma Andrea Almeida, diretora técnica do SLU.
A falta de lixeiras impacta diretamente a limpeza urbana. Resíduos descartados em locais inadequados, como bueiros e bocas de lobo, contribuem para alagamentos durante o período chuvoso. “Quando não há lixeiras disponíveis, o lixo vai parar em lugares que não deveriam. Cada unidade instalada ajuda a reduzir gastos e manter a cidade organizada”, explica Andrea.
Para aumentar a resistência, novos modelos de lixeiras, mais robustos e com suportes específicos para áreas de grande circulação, vêm sendo implantados desde 2024. Além disso, está em fase final uma licitação para instalar mais 10 mil unidades entre este ano e o próximo.
A população pode solicitar a instalação de novas lixeiras pelo aplicativo Coleta DF, pela Ouvidoria no telefone 162 ou pelo site Participa DF.
Crime e punição
A depredação de lixeiras públicas é crime de dano ao patrimônio, previsto no artigo 163 do Código Penal. A pena varia de 1 a 6 meses de detenção ou multa. Quando se trata de bem público, a pena aumenta para detenção de 6 meses a 3 anos, mais multa, podendo incluir sanção adicional em casos de violência. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 197.