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    Hospital de Urgências de Goiás dá passo histórico em neurocirurgia

    Hugo realiza primeira cirurgia de aneurisma cerebral e consolida atendimento de casos graves no estado

    O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) acaba de dar um passo histórico na saúde pública do estado: pela primeira vez, realizou uma cirurgia para corrigir um aneurisma cerebral, uma das emergências neurológicas mais graves.

    O procedimento permitiu que o hospital passasse a atender pacientes com aneurismas rompidos — condição que provoca sangramento no cérebro e pode levar à morte se não houver intervenção rápida. Até então, casos desse tipo precisavam ser transferidos para outros centros especializados.

    “Cada hora conta para salvar vidas e reduzir sequelas. Agora podemos realizar esses procedimentos aqui mesmo, oferecendo mais segurança e rapidez ao paciente”, afirma o neurocirurgião Normando Guedes.

    O que mudou no Hugo

    O primeiro procedimento durou oito horas e envolveu uma equipe completa: neurocirurgiões, anestesiologistas, instrumentadores e enfermagem. O destaque foi o uso de um microscópio cirúrgico moderno, recém-adquirido pelo hospital, que garante precisão durante a cirurgia.

    A anestesiologia também ganhou reforço tecnológico, com monitores que acompanham a consciência do paciente, bombas de infusão controladas e mantas térmicas para estabilizar a temperatura corporal. Segundo o anestesiologista Gabriel Andraos, essas ferramentas tornam o procedimento mais seguro e o pós-operatório mais rápido.

    “A tecnologia aliada a uma equipe qualificada faz toda a diferença no resultado da cirurgia”, afirma Andraos.

    Impacto na saúde pública e formação médica

    Com essa conquista, o Hugo passa a integrar oficialmente a rede estadual de hospitais capazes de realizar cirurgias complexas de aneurisma, aumentando a resolutividade do sistema de saúde.

    Além disso, a unidade se consolida como espaço de treinamento para novos neurocirurgiões, recebendo residentes do Hospital de Clínicas da UFG e do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG).

    Para a população, o avanço significa mais acesso a atendimento de alta complexidade, redução de riscos e chance real de recuperação em casos críticos de aneurisma cerebral.

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