O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), começa a ganhar espaço no debate nacional sobre a sucessão presidencial de 2026. Pesquisa AtlasIntel, realizada entre os dias 10 e 14 de setembro com 7.291 entrevistados, mostra o goiano com 4% das intenções de voto, superando nomes que vinham sendo citados como potenciais representantes da centro-direita, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o paranaense Ratinho Jr. (PSD), ambos com 3%. A margem de erro é de um ponto percentual.
O levantamento reforça a polarização entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparece na dianteira com 51%, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que soma 32%. Ainda assim, a presença de Caiado em posição de vantagem sobre outros nomes da centro-direita foi vista como um sinal de que ele pode se tornar uma alternativa competitiva dentro do bloco.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que aparece com 5% no estudo, deve deixar a corrida presidencial de lado para concentrar esforços no Ceará, onde planeja disputar o governo estadual com apoio de setores da centro-direita. Esse movimento, avaliam analistas, tende a redistribuir rapidamente seu eleitorado. Como Caiado já desponta à frente de Zema e Ratinho Jr., acaba se tornando o principal beneficiado nesse cenário.
Aliados do goiano acreditam que o próximo passo é alcançar dois dígitos nas pesquisas até 2026, consolidando seu nome dentro da União Brasil e ampliando articulações para unir partidos da centro-direita em torno de uma candidatura competitiva. A estratégia inclui reforçar a presença em capitais do Nordeste e do Sudeste, regiões determinantes para qualquer disputa nacional, além de explorar sua imagem de médico, ex-senador e governador reeleito com discurso de responsabilidade fiscal e investimentos em infraestrutura em Goiás.
Embora ainda distante dos líderes, Caiado aparece cada vez mais presente no tabuleiro nacional. Se conseguir manter o ritmo de crescimento, pode se transformar em peça-chave na articulação da centro-direita e, eventualmente, surgir como alternativa de peso na corrida presidencial de 2026.
